Fortalecimento, inclusão e manutenção das tradições na sociedade global, vinculadas a modelos de sustentabilidade

Inquietação: Como fortalecer, incluir e promover a manutenção das tradições e saberes ancestrais na sociedade global, voltados para a sustentabilidade?

As comunidades tradicionais e indígenas vivem em estreita relação com a natureza, constituindo-se como fonte de saberes para um viver mais harmônico com o meio ambiente. Aprender e legitimar esses saberes pode indicar caminhos para a construção de modelos de desenvolvimento e sustentabilidade.

A sociedade global é também a sociedade em rede. A cultura da rede pode trazer muitas oportunidades para um movimento de avós e de tradições no Brasil e no mundo. As propostas dos participantes, neste contexto, são inspiradoras:

  • Reconhecer, informar e disseminar a importância das tradições, das identidades culturais dos povos originários que habitam o território brasileiro. Reconhecer que seus estilos de vida possibilitaram a manutenção de água e outras fontes de vida. Neste sentido, pode-se promover campanha e formação de opinião pública sobre os direitos e territórios indígenas e tradicionais, visando formar uma rede a favor da preservação e conservação das águas, do cerrado e das culturas tradicionais.
  • Dar visibilidade às experiências que valorizem a ancestralidade. Isso pode ser feito, entre outros meios, pela promoção de rituais em espaços abertos e públicos.
  • Conectar e promover intercâmbios entre comunidades rurais e comunidades urbanas, desenvolvendo ações com permacultura, tecnologias sustentáveis e tecnologias tradicionais. Promover encontros entre comunidades tradicionais e iniciativas de movimento de transição societária, a exemplo de Bioneers, Ecovilas e Cidades em Transição.
  • Vincular movimentos de avós com os movimentos sociais de base e com movimentos espiritualistas.

 Algumas propostas do Encontro apontaram para compromissos individuais visando o fortalecimento do Ser coletivo:

  •  Fazer uma prece diária para conectarmos nossas energias.
  • Seguir aprendendo, fazendo parte e fortalecendo o movimento das parteiras.
  • Compartilhar o aprendizado vivenciado no encontro a Voz das Avós com as mulheres mais jovens, irmãs e companheiras de caminhada.
  • Dar o melhor de nós naquilo que já estamos fazendo, a começar pela nossa própria casa.
  • Buscar ter relações mais com as avós, as anciãs, na nossa vida.