BUSCANDO PALAVRAS DE PAZ
Busco, neste momento em meu coração palavras de paz, palavras de união, depois de vários dias de perplexidade diante dos acontecimentos e das atitudes dos dirigentes políticos do mundo,
Exercício minucioso, muito fino. Que para se falar de paz, é preciso encontrar em si mesmo a paz, o silêncio, a concordância com a vida.
Vemos em toda parte a guerra, no mundo atual, a determinação de invadir, de destruir, de dominar. Os fazedores de guerra, falam em nome da paz, do progresso, da defesa da autodeterminação. Todos desenvolvem muito discurso, mas o que eles todos querem mesmo é continuar vendendo armas, e extorquindo da terra as riquezas para usá-las em prol de mais destruição e discórdia.
Então para nós, pessoas simples, cidadãs e cidadãos do mundo, trabalhadoras e trabalhadores, mulheres, homens, crianças, que não temos armas para vender e nem queremos comprar armas, que almejamos o bem, que reverenciamos a vida, é preciso muita atenção e muita convicção em nosso propósito.
Porque os fazedores de guerra têm muitas facetas e formas de manifestação. Eles não são só os que jogam bombas e comandam tanques, mas eles são também os grandes mentirosos que procuram incutir em nossas mentes e corações, o ódio e a malevolência, através de calúnias e falsas notícias. Eles são também os matadores silenciosos, que envenenam a terra, as águas e o ar que respiramos, que envenenam o alimento que comemos, que incendeiam as florestas por ganância e maldade. Eles estão em toda parte, nos postos de governo, disseminando o racismo, a separação, a disputa entre as pessoas, fazendo da nossa diversidade, o engano da separação.
Por isso, para defendermos a paz, precisamos de convicção. Convicção no amor verdadeiro, no cultivo da vida. Se tomamos partido na guerra, já nos desviamos da meta. Precisamos nos desidentificar da disputa da guerra, todos os lados são fazedores de guerra.
Vivemos um momento em que as pessoas se desesperam, buscando se apoiar em algum ponto de força, para seguir em frente. Não nos iludamos. O nosso ponto de força não são os governantes, não são os políticos mentirosos, enganadores. O nosso ponto de força é a luz que emana de nossos corações e se irradia, criando a solidariedade, a amizade, a união entre as pessoas e toda a vida. O nosso ponto de força se manifesta em nossa intuição que nos indica caminhos colaborativos e independentes da dominação. Somos luz, somos a manifestação do Grande Espírito da Criação, somos parte do grande organismo universal.
Atenção ao pensamento da paz, ao cultivo da paz em nossos corações. Vamos segurar as nossas mãos, vamos aparelhar a união em nossos corações, vamos conectar com o infinito eterno Sopro da Vida.
Em Paz.
Maria Alice